Espetáculo Maré, do Grupo Dançaberta, estreia com entrada gratuita em Campinas
O grupo realiza dois ensaios abertos ao público e gratuitos em Campinas antes de seguir em turnê pelo litoral e interior paulista
BOAS HISTóRIAS COMUNICAçãO
01/09/2025 11h27 - Atualizado há 2 dias
crédito Amanda Trindade
O grupo Dançaberta, que há 25 anos atua na pesquisa e criação em dança, entra em cena com o espetáculo Maré, com direção geral de Julia Ziviani e direção artística de Verônica Fabrini. O espetáculo, inédito, terá dois ensaios abertos em Campinas, nos dias 5 e 6 de setembro, na sede do elenco, no distrito de Barão Geraldo, com entrada gratuita, antes de seguir em temporada pelo interior paulista. Os ingressos podem ser retirados uma hora antes do horário do espetáculo e haverá mediação com reconhecimento tátil para pessoas com deficiência. A montagem, no formato de suíte e temperamento simbolista, traz a força dos ciclos e das marés no gestual de três mulheres. "Entre estados e segredos, jogam com o tempo, com os elementos, e refletem o feminino, explorando o entorno com delicadeza, sempre prontas a desvelar o desconhecido", destaca a diretora Julia Ziviani. Inspirado no livro Presente do Mar (Lindbergh, A.M., 1991), o espetáculo nasce de pequenos flashes poéticos, entrelaçados à imagem de uma mulher em recolhimento. Na obra, Anne Morrow Lindbergh encontra-se sozinha numa ilha, num espaço aberto e atemporal, onde passa a refletir sobre as fases e vivências da vida feminina, guiada pela observação sensível de diferentes conchas recolhidas durante os seus passeios solitários à beira-mar. A cada concha, a autora atribui um nome simbólico, que corresponde a um momento ou sentimento específico, revelando uma teia de comparações sutis e delicadas. É através dessa contemplação que o espetáculo convida o público a mergulhar numa jornada íntima de autoconhecimento e escuta do essencial. Maré segue a linha de pesquisa do grupo, que coloca os artistas em contato com maneiras inesperadas de movimento, ao mesmo tempo que se dispõe à criação em dança, arriscando, nessa nova criação, uma dramaturgia de movimento narrativa em contraponto à exploração gestual dos estados interiores, das sensações e atmosferas. "A concepção passa pela discussão e relação entre técnica e habilidades corporais. A individualidade técnica e expressiva de cada intérprete enriquece e influencia a dinâmica do grupo e o resultado cênico", pontua Ziviani, que está à frente do Dançaberta desde sua criação. Após Campinas, o espetáculo segue em turnê por cinco cidades do interior de São Paulo: São Sebastião, Guarujá, Jundiaí, Cubatão e Espírito Santo do Pinhal. O projeto, contemplado pelo ProAC 23/2024, é realizado pelo Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas. As diretoras Julia Ziviani é professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da Unicamp. Como diretora do grupo de pesquisa em dança e educação somática Dançaberta, concebe, dirige e realiza criações a partir do trabalho compartilhado com o grupo. Iniciou seus estudos em artes e dança em Belo Horizonte (MG), com Ana Lúcia de Carvalho. Em São Paulo, dançou com o Ballet Stagium, apresentando-se no Brasil, Estados Unidos, América Latina e Europa. Atuou como bailarina, assistente de coreografia e diretora artística do Balé da Cidade de São Paulo. Residiu em Milão e Trieste, na Itália, onde realizou trabalhos como bailarina e coreógrafa. É bacharel e mestre pela New York University (EUA), doutora pela Faculdade de Educação da Unicamp (2004), com pós-doutorado na University of Colorado at Boulder (EUA). Sua pesquisa artística e acadêmica explora a interface entre abordagens somáticas, interpretação e criação nas artes da cena. A diretora artística do espetáculo, Verônica Fabrini, é atriz e encenadora. Com especialização em dança, mestrado em encenação (Unicamp), doutorado em encenação/dramaturgia (USP) e pós-doutorado em Teatro e Filosofia (Universidade de Lisboa), tem como campo de investigação o fenômeno cênico e as ciências do imaginário, numa perspectiva transdisciplinar. Diretora artística por 25 anos da Boa Companhia, excursionou por todo país e exterior e foi Ponto de Cultura em Campinas por dez anos. Com ênfase em processos criativos, atua principalmente nos seguintes temas: atuação, performance, dança, teatro gestual e dramaturgia de imagem e estudos do imaginário. Ficha técnica Direção Geral: Julia Ziviani Direção Artística: Verônica Fabrini Intérpretes-Criadoras: Júlia Ferreira, Julia Ziviani, Raquel Pereira e Verônica Fabrini Música Original: Marcelo Onofri Operação de Som: Beatriz Amorim Concepção de Figurino e Cenografia: Helô Cardoso Identidade Visual: Bárbara Nudelman Concepção e operação de iluminação: Eduardo Brasil Coordenadora de Produção: Isadora Palhardi Assistência de Produção: Amanda Trindade, Beatriz Amorim, Júlia Ferreira, Maya Zolli, Raquel Pereira, Sarah Lorenzoni Produtora de Acessibilidade e Audiodescrição: Isadora Ifanger Contrarregragem: Amanda Trindade, Maya Zolli e Sarah Lorenzoni Ficha técnica vídeo-projeção Direção: Verônica Fabrini Concepção de cenografia e figurino: Helô Cardoso Captação de imagem: Juliano Januário Edição de vídeo: Jessyca Ferrari Produção: Isadora Palhardi e Amanda Trindade Apoio: Mariana Diana Savioli Serviço Espetáculo Maré – Grupo Dançaberta Quando: Ensaio aberto nos dias 5 e 6 de setembro | 20h (sexta-feira) e 19h (sábado) Onde: Espaço Dançaberta – Rua Francisco de Barros Filho, 16-A, Barão Geraldo, Campinas (SP) Duração: 60 minutos Classificação: Livre (recomendado para maiores de 14 anos) Ingressos: Gratuitos e podem ser retirados com uma hora de antecedência Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. 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MARIA CLAUDIA MIGUEL BENETTE
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