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Indústria de bebidas prontas vive pressão por fórmulas mais limpas e uso real de ingredientes naturais

Amélia Whitaker
04/11/2025 15h02 - Atualizado há 5 dias
Indústria de bebidas prontas vive pressão por fórmulas mais limpas e uso real de ingredientes naturais
Divulgação

O mercado de bebidas prontas ainda é dominado por produtos ultraprocessados que combinam conveniência e forte apelo de marketing, mas escondem fórmulas extensas e pouco transparentes. Rótulos de “chás gelados” e “bebidas naturais” frequentemente incluem acidulantes, corantes, estabilizantes, aromatizantes e adoçantes sintéticos. Em muitos casos, o processo de infusão é substituído por bases industriais, o que compromete o valor nutricional e o sabor original das ervas.

Pesquisas recentes reforçam o impacto desse padrão de consumo. Um estudo publicado no British Medical Journal (2024), com mais de 45 mil participantes, observou que o alto consumo de produtos ultraprocessados está associado a maior incidência de doenças cardiovasculares e hipertensão. Outro levantamento, realizado pelo programa francês NutriNet-Santé, indicou que a exposição contínua a misturas de aditivos alimentares, como emulsificantes e corantes, eleva o risco de diabetes tipo 2 mesmo em dietas com baixo teor de açúcar.

De acordo com a nutricionista Dani Cyrulin, especialista da Talchá, esse cenário reflete um distanciamento entre o discurso de naturalidade e a prática industrial. “Grande parte das bebidas que se apresentam como chás prontos não passa por um processo real de infusão. São compostas por aromatizantes e conservantes que alteram o perfil antioxidante e reduzem o potencial anti-inflamatório das plantas. O consumo contínuo desses aditivos também pode interferir na microbiota intestinal e comprometer o metabolismo”, afirma.

A Talchá passou a investir em um modelo de produção mais transparente com sua linha de chás gaseificados naturais, elaborados a partir de infusões reais de folhas, flores e frutas. O dulçor é proveniente do suco de maçã concentrado, e o equilíbrio da acidez é obtido com suco de limão natural, substituindo os compostos químicos comuns no setor. A formulação curta e o uso de ingredientes íntegros respondem ao crescimento do movimento clean label, tendência global que valoriza produtos com rótulos simples, reconhecíveis e livres de aditivos desnecessários.

No Brasil, segundo dados da Euromonitor International, o mercado de alimentos e bebidas com perfil clean label cresce em média 12% ao ano, impulsionado por consumidores que associam clareza de composição e origem natural a bem-estar e credibilidade. Essa mudança de comportamento tem levado marcas a rever seus processos e reformular produtos para atender a uma geração mais informada e exigente.


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AMELIA WHITAKER CHAVES
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