Por Alline Lima - Instituto Mistae
Na noite de 31 de outubro é um momento de grande celebração na Bruxaria. Esta celebração foi chamada de Samhain pelos celtas, e hoje é conhecida no mundo moderno como Halloween.
Samhain vem do gaélico e significa literalmente: fim do verão: o termo designava um antigo festival celta, que acontecia há mais de 2 mil anos que marcava a transição do outono para o inverno. A palavra se forma de samh (verão) e fuin (fim).
Já o nome Halloween deriva de All Hallows Eve, ou “Véspera de Todos os Santos”, que é celebrado em 1º de novembro. A Igreja Católica, ao cristianizar festividades pagãs, posicionou o Dia de Todos os Santos e, logo após, o Dia de Finados neste mesmo ponto da roda do ano — período em que os povos antigos já se dedicavam à memória dos mortos com o Día de Muertos, celebrado no México, tem seus primeiros registros entre os povos indígenas da Mesoamérica, como os astecas.
Independente do nome, o segredo está em olhar o céu e perceber que neste tempo, o véu que separa vivos e mortos se torna permeável, e os mundos se abraçam em silêncio e reverência. Em algumas tradições da bruxaria, é considerado o Ano Novo das Bruxas.
Essa data foi fixada no calendário gregoriano para facilitar as celebrações e, pela força gerada ao longo dos séculos pelo grande número de pessoas reunidas nesse período, carrega uma poderosa egrégora. Este é o tempo em que ouvimos os sussurros dos ancestrais, quando a chama de uma vela basta para iluminar memórias e caminhos.
A morte, longe de ser uma inimiga, se revela mestra: ensina que todo fim é apenas retorno à grande teia da vida. É o momento de honrar os que vieram antes, agradecer suas jornadas, refletir sobre os ciclos, recolher-se em silêncio e fortalecer a proteção espiritual.
O grande símbolo do Halloween é a lanterna de abóbora, ligada ao mito de Jack O’ Lantern. Segundo a lenda, Jack — um homem astuto que enganou o próprio diabo — foi condenado a vagar eternamente com apenas um carvão aceso dentro de um nabo oco.
Na América do Norte, século XIX, os imigrantes celtas substituíram o nabo pela abóbora, mais abundante e fácil de esculpir. Assim nasceu a abóbora iluminada que conhecemos hoje: guia dos espíritos benéficos e guardiães contra os indesejados, lembrando que até a menor chama pode dissipar trevas e abrir caminhos.
Já a famosa tradição do “doce ou travessura” também guarda raízes antigas, praticado desde o século IX, durante o festival celta de Samhain, acreditava-se que os espíritos caminhavam entre os vivos, e por isso se deixava comida diante das casas para trazer paz às almas que estavam vagando. Na Idade Média, na Inglaterra, surgiu o costume do souling: pobres e crianças iam de porta em porta pedindo soul cakes — bolinhos da alma — em troca de orações pelos mortos da família.
No início do século XX, espalhou-se a prática das fantasias: crianças e até adultos, vestiam-se de espíritos e visitavam casas recitando versos ou contando piadas, recebendo frutas, nozes ou doces em troca.
Com a chegada do Halloween aos Estados Unidos e sua inserção na cultura pop, monstros, bruxas, zumbis e figuras sinistras ganharam destaque por representarem medos do imaginário coletivo e por serem inspirados em mitos, literatura, filmes de terror e histórias urbanas.
Em nossa escola, o Instituto Mistae, a celebração no dia 31 de outubro é para aproveitar a energia fantástica deste dia, mas como seguimos a Antiga Tradição que é fundamentada na observação da natureza — céu, terra e dimensões sutis. Não adaptamos datas nem seguimos tabelas fixas: olhamos para os astros e para as estações, reconhecendo os sinais que revelam o tempo sagrado de cada celebração.
Astrologicamente, essa celebração ocorre na Lua Cheia com o Sol em Escorpião; em 2025, este momento será em 5 de novembro, quando nos reunimos, acendemos o caldeirão, dançamos em volta do fogo e celebramos a nossa vida e a vida dos que por aqui passaram.
Serviço:
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JULIANA MATHEUS
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