O que muda na necessidade nutricional de crianças a partir de 1 ano?
Entenda os novos desafios e como a nutrição apoia o crescimento e o desenvolvimento infantil
AMANDA MENEZES | FLEISHMAN HILLARD
06/10/2025 18h24 - Atualizado há 6 horas
Foto Divulgação Aptanutri
São Paulo, outubro de 2025 – O primeiro ano de vida representa um grande marco no desenvolvimento infantil. A transição para a fase em que a criança passa a explorar o mundo com mais autonomia traz consigo necessidades nutricionais importantes. A partir de 1 ano, o crescimento físico continua acelerado, mas com novas demandas que envolvem não apenas energia, como também a consolidação de ossos, músculos, cérebro e sistema imunológico. Nesse período, a nutrição exerce um papel estratégico, garantindo que a criança receba os nutrientes adequados para sustentar essa nova etapa de descobertas, aprendizado e interação social. “Depois do primeiro ano de vida, é comum os pais notarem uma diminuição na velocidade do ganho de peso da criança. Isso não significa que ela deixou de crescer, pelo contrário. É justamente nesse período que o desenvolvimento motor e cognitivo acelera. Receber uma nutrição adequada nessa fase é fundamental para um bom desenvolvimento.” comenta o pediatra Dr. Rafael Henrique. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a alimentação complementar adequada já é mais estabelecida no primeiro ano de vida. Como estão em plena fase de crescimento e desenvolvimento, as crianças precisam de proporções ainda maiores de vitaminas e minerais do que os adultos. Entre os nutrientes que mais exigem atenção estão a vitamina D, o ferro, o cálcio, as fibras e os ácidos graxos essenciais, como DHA e ARA, justamente aqueles que costumam apresentar maior deficiência na alimentação infantil no Brasil. O ferro, por exemplo, é importante para manter a energia e ajudar na concentração, evitando problemas como a anemia, que pode afetar o aprendizado das crianças. O cálcio e a vitamina D são aliados na formação de ossos e dentes fortes, fundamentais nessa fase em que o corpo cresce rápido e as descobertas motoras se intensificam. Já nutrientes como o DHA seguem tendo papel essencial para o desenvolvimento do cérebro, apoiando memória, visão e novas habilidades. Outro aspecto importante nessa fase é a consolidação da microbiota intestinal. Pesquisas internacionais e nacionais, como as da Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, apontam que fibras prebióticas desempenham um papel essencial para o equilíbrio do sistema digestivo, além de influenciar positivamente a imunidade. Como a criança passa a ter maior contato com ambientes coletivos, como escolas e creches, garantir uma boa defesa natural do organismo torna-se ainda mais relevante. A partir de 1 ano, também surgem novos desafios comportamentais: curiosidade por diferentes texturas e sabores, e o início da construção de preferências individuais. É natural que nessa fase surjam desafios e curiosidade por novos sabores. Os pais podem se sentir inseguros, por isso, oferecer variedade e qualidade faz toda a diferença. Esse é o momento de estimular a aceitação de frutas, legumes, proteínas e cereais, consolidando hábitos que acompanharão a criança por toda a vida. “Na correria da rotina, muitas famílias acabam repetindo sempre os mesmos alimentos, e isso pode limitar a variedade nutricional. Eu mesmo, sendo pediatra, precisei redobrar a atenção para não cair nesse hábito com meus filhos. Oferecer diversidade é um desafio, mas faz toda a diferença na formação da microbiota intestinal e dos hábitos alimentares saudáveis.” Complementa Dr. Rafael Henrique. Mais do que suprir necessidades nutricionais, a alimentação nessa etapa fortalece laços familiares. Refeições compartilhadas se transformam em momentos de aprendizado, conexão e bem-estar. Aptanutri reconhece que o maior desafio dos pais é confiar que estão oferecendo o melhor aos seus filhos e, por isso, oferece não apenas nutrição de qualidade, mas também conteúdos e iniciativas que apoiam o desenvolvimento integral das crianças e o fortalecimento das famílias. O MINISTÉRIO DA SAÚDE INFORMA: O ALEITAMENTO MATERNO EVITA INFECÇÕES E ALERGIAS E É RECOMENDADO ATÉ OS 2 (DOIS) ANOS DE IDADE OU MAIS. Consulte sempre o médico e/ou nutricionista. Setembro/2025 Referências Bibliográficas - Organização Mundial da Saúde (OMS). Infant and young child feeding. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/infant-and-young-child-feeding .
- Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). 10 facts about early childhood development you need to know. Disponível em: https://www.unicef.org .
- Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília, 2019.
- Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação: Alimentação do Lactente ao Adolescente, Alimentação na Escola, Alimentação Saudável e Sustentabilidade, 2022.
- American Academy of Pediatrics. Nutrition: What Every Parent Needs to Know. 2nd edition, 2020.
- Danone Nutricia. Necessidades nutricionais da criança após 1 ano. Disponível em: https://danonenutricia.com.br.
- Dewey KG. Nutrition, growth, and complementary feeding of the breastfed infant. Pediatric Clinics of North America, 2001.
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