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Dor não é tudo igual: identificar o tipo é o primeiro passo para um tratamento eficaz

Especialista explica como diferenciar manifestações de dor e por que isso é decisivo para a recuperação do paciente

TINTEIRO ASSESSORIA DE IMPRENSA
06/10/2025 09h06 - Atualizado há 3 horas
Dor não é tudo igual: identificar o tipo é o primeiro passo para um tratamento eficaz
Divulgação

A dor é uma das queixas mais frequentes nos consultórios e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está entre as principais causas de incapacidade no mundo, atingindo mais de 1,7 bilhão de pessoas. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que doenças musculoesqueléticas são responsáveis por mais de 20% dos afastamentos do trabalho registrados pelo INSS. Ainda assim, muitos pacientes recebem diagnósticos imprecisos porque não se leva em conta um detalhe essencial: não existe apenas um tipo de dor.

“A primeira etapa do tratamento eficaz é entender que dor não é tudo igual. Cada tipo tem mecanismos próprios, causas distintas e formas diferentes de resposta. Quando generalizamos, corremos o risco de prolongar o sofrimento e adotar terapias que não funcionam”, explica a fisioterapeuta Dra. Mariana Milazzotto, mestre em Ciências Médicas e especialista em reabilitação funcional.

Por que identificar o tipo de dor é tão importante

A dor pode se manifestar de diferentes formas, variando em intensidade, duração, localização e fatores de agravamento. Algumas surgem como resposta imediata a uma lesão ou inflamação; outras se tornam persistentes e passam a comprometer não só o corpo, mas também o bem-estar emocional do paciente. Segundo Mariana, a distinção entre os tipos é crucial para definir se o tratamento será focado na causa pontual ou no manejo contínuo dos sintomas.

“Muitas vezes o paciente convive com a dor por meses ou anos sem um direcionamento adequado, acreditando que é apenas consequência da rotina ou da idade. O problema é que, quando não tratada corretamente, a dor pode se tornar incapacitante e trazer impacto profundo na vida social e profissional”, afirma.

O que deve ser observado na avaliação clínica

A avaliação inicial é fundamental para diferenciar os quadros. Ela deve considerar histórico da dor, fatores que intensificam ou aliviam o desconforto, ocupação, estilo de vida e até aspectos emocionais. Exames de imagem e testes funcionais podem ser úteis, mas, segundo a especialista, o olhar clínico e individualizado ainda é o que mais pesa na definição do caminho terapêutico.

“Não é raro que pacientes cheguem ao consultório após inúmeros exames que não explicam a dor que sentem. Isso reforça a importância da escuta atenta e da observação minuciosa. A dor é multifatorial e exige análise que vai além de laudos técnicos”, destaca Mariana.

Estratégias de tratamento e prevenção

A abordagem fisioterapêutica envolve técnicas específicas de acordo com o tipo de dor, incluindo exercícios de fortalecimento, alongamento, liberação miofascial e recursos como eletroterapia e termoterapia. Em casos crônicos, a orientação é multidisciplinar, envolvendo também médicos e psicólogos.

Para a especialista, hábitos diários desempenham papel decisivo na prevenção e no controle da dor. Postura adequada, sono regular, atividade física de baixo impacto, hidratação e pausas ao longo da jornada de trabalho são medidas simples que fazem diferença significativa.

“Dor persistente não deve ser encarada como parte natural da vida. Reconhecer o tipo de dor é o primeiro passo para devolver autonomia ao paciente e evitar anos de sofrimento desnecessário. Quanto mais cedo esse entendimento chega, mais eficaz e acessível é o tratamento”, conclui Mariana.

Sobre a Dra. Mariana Milazzotto

Fisioterapeuta com quase 20 anos de atuação, mestre em Ciências Médicas e especialista no tratamento clínico do lipedema. Criadora da Jornada Desvendando o Lipedema, programa que forma fisioterapeutas e terapeutas corporais no atendimento a mulheres com diagnóstico confirmado ou suspeita da doença. É referência no Brasil por sua abordagem humanizada e baseada em evidências científicas.


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
PAULO NOVAIS PACHECO
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