Em seu segundo álbum de estúdio, Viridiana transforma a vulnerabilidade em potência e o amor em campo de investigação. Coisas Frágeis mergulha em experiências de paixão, desejo e desilusão com a intensidade de quem não teme se expor. O título, inspirado em uma separação amorosa, simboliza tanto as delicadezas quanto as fissuras que moldam as relações humanas, em um trabalho que mistura fragilidade e força sob uma estética pop, roqueira e pulsante.
Ouça Coisas Frágeis: https://tratore.ffm.to/coisasfrageis
A sonoridade do disco nasceu da experiência de Viridiana no palco. “Eu entendi lá pelas tantas que esse encontro físico e essa troca eram o que me aproximava do que eu queria comunicar: minha vivência e meus afetos como travesti. Então eu quis fazer um disco que fosse muito legal e intenso de tocar e cantar”, explica a artista, que buscou unir o eletrônico ao barulhento, sujo e suado. “Essa lógica nos lembrou muito do LCD Soundsystem, do Pet Shop Boys e de alguns momentos da Marina Lima”.
Coisas Frágeis representa um amadurecimento em relação ao disco de estreia Transfusão (2021). “O Transfusão foi um jeito muito genuíno e positivo de estrear meu trabalho. Ele é maximalista, longo, cheio de ideias que apontam em várias direções… mas é claro, porque era meu primeiro disco e eu queria muito me provar”, lembra Viridiana. “O Coisas Frágeis é mais focado, objetivo e transparente. Eu queria mostrar como é ser uma travesti apaixonada, de coração partido, que pode explorar todas essas emoções”.
O processo colaborativo foi central nessa evolução. “O disco soaria muito diferente se eu tivesse mantido total controle sobre ele. Eu não sei tocar bateria como o André, programar um sintetizador como o Ricardo, microfonar uma voz como o Bernard. E pra além disso, eram eles que estavam ali comigo tentando entender esse repertório, aperfeiçoar as canções e refinar tudo o máximo possível, porque acreditavam nisso tanto quanto eu. Da mesma forma, as participações — do Jojô e da Navalha como guitarristas, da Catto e da ClariceFalcão e do Martin como mixador e masterizador — são todas de pessoas que eu sou muito fã. Receber aprovação e incentivo delas foi realmente transformador.”
A parte visual nasceu da inspiração na figura mitológica de Psique. “Ela é sempre representada de forma chique, mas também meio desiludida, por ser apaixonada pela entidade que faz as pessoas se apaixonarem. Lá pelas tantas, o Cupido some, e fiquei pensando: o que a Psique faria se ele tivesse deixado uma flecha pra trás? Foi daí que veio esse signo da flecha nas fotos do disco”, explica Viridiana.
Coisas Frágeis está disponível em todas as plataformas de música digital.
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DANIEL CORREA RODRIGUES
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