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Seminário promovido pela Ecofalante, Sesc SP e Spcine, discute o futuro do audiovisual nas escolas

Evento acontece de 6 a 10 de outubro

ATTI COMUNICAÇÃO
30/09/2025 10h57 - Atualizado há 11 horas
Seminário promovido pela Ecofalante, Sesc SP e Spcine, discute o futuro do audiovisual nas escolas
ecofalante

De 6 a 10 de outubro de 2025, a Ecofalante, o Sesc São Paulo e a Spcine realizam a quinta edição do Seminário de Cinema e Educação, evento gratuito que se consolidou como uma das principais referências nacionais no debate sobre cinema e educação. Reunindo educadores, gestores, cineastas, pesquisadores e representantes da sociedade civil, o encontro propõe reflexões urgentes sobre o papel do cinema na escola, sua potência estética, ética e política, e os caminhos para a construção de uma política pública sólida para a área.

As inscrições podem ser feitas a partir de 25/09 através do endereço https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/. O público-alvo é composto por educadores, pesquisadores, produtores culturais e profissionais da educação formal e não formal. 

O tema desta edição é “O direito ao cinema na escola: estética, ética e política em diálogo”. O título sintetiza um posicionamento que vai além do cumprimento da Lei 13.006/14, que obriga a exibição de, no mínimo, duas horas de cinema brasileiro por mês nas escolas de educação básica. O Seminário busca colocar em evidência o cinema como linguagem viva, transversal e transformadora, capaz de fomentar a sensibilidade artística, o pensamento crítico e a cidadania socioambiental.

 

Cinema como direito e política pública

A Lei 13.006/14, apesar de vigente há mais de uma década, ainda encontra desafios para ser efetivamente implementada. O 5º Seminário de Cinema e Educação se propõe a discutir não apenas sua regulamentação, mas também sua inserção em um contexto mais amplo, tal como exposto na Proposta de um Programa Nacional de Cinema na Escola, elaborado em 2024 pela Rede Kino - Rede Latinoamericana de Educação, Cinema e Audiovisua por meio de consultas públicas e Grupos de Trabalho durante a 19ª CineOP.

 

Para tanto, o evento se apoia em quatro eixos estruturantes: Formação Docente, Condições de Exibição e Produção, Acervos e Curadorias e Pedagogias do Audiovisual. Esses pilares orientam as mesas de debate, refletindo sobre como garantir que a presença do cinema na escola não se limite a uma obrigação formal, mas se torne parte orgânica da experiência educativa.

Programação: debates, formação e prática

A programação do 5º Seminário de Cinema e Educação, permitindo maior alcance nacional sem perder o vínculo direto com a comunidade escolar.


 

  • Masterclass de abertura – “Educação, Cinema e o Reencantamento do Mundo” (06/10, 19h)
    Com a professora e pesquisadora Rosália Duarte (UFMT), a atividade inaugura o evento trazendo uma reflexão sobre o papel do audiovisual na transformação dos olhares, narrativas e relações da escola com o território, o meio ambiente e a comunidade.


 

  • Mesa 1 – O que diz a lei? O cinema na escola como política pública (07/10, 19h)
    Debate sobre a implementação da Lei 13.006/14, seus diálogos com outros marcos legais (como as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que tratam da obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena) e sua relação com a Proposta de Programa Nacional de Cinema na Escola. Entre as convidadas: Adriana Fresquet (UFRJ), Raquel Franzim (MEC) e Helena Singer (Instituto Paul Singer).


 

  • Mesa 2 – Cinema na Escola: práticas transformadoras em educação (08/10, 19h)
    Experiências concretas de redes públicas, coletivos e escolas que já vêm incorporando o cinema ao cotidiano escolar, demonstrando caminhos criativos, mesmo diante de limitações materiais. Participam: Renata Lanza (Campinas/SP), Juliana Costa (Porto Alegre/RS) e José Matheus Pereira Rodrigues (Ecofalante).


 

  • Mesa 3 – Ver, criar e aprender: o cinema como prática pedagógica (09/10, 19h)
    Discussão sobre metodologias e percursos formativos para professores e professoras, entendendo o cinema não apenas como recurso didático, mas como experiência estética e política. Convidados: Wenceslao Oliveira Jr (Unicamp), Maria Angélica Santos (RS) e Cláudia Mogadouro (SP).


 

  • Mesa 4 – Acervos e curadorias: quais imagens queremos nas escolas? (10/10, 19h)
    Reflexão sobre processos e políticas de curadoria, e sobre o papel de educadores e estudantes como criadores e curadores. Entre os nomes confirmados: Clarisse Alvarenga (UFMG), Isaac Pipano (UFF) e Saulo França Rosa (Ecofalante).
 

Nos dias 11, 18 e 25/10 acontecem atividades presenciais de formação prática para educadores da rede municipal de São Paulo. Sob o tema “Ver e Fazer Cinema na Escola - percursos criativo-pedagógicos entre escola e comunidade”, nelas são abordados fundamentos da linguagem audiovisual, cineclubismo escolar, curadoria pedagógica e dinâmicas de criação com estudantes. Realizadas nos CEUs Carrão, Pera Marmelo e Campo Limpo, as atividades são ministradas pela pesquisadora, curadora e produtora cultural Liciane Mamede e pelo cineasta, educador audiovisual e pesquisador Felipe Leal Barquete.

 

O 5º Seminário de Cinema e Educação pretende ser um marco no processo de consolidação do cinema como direito cultural e pedagógico nas escolas, em particular na cidade de São Paulo. Ao reunir especialistas de diferentes estados e formações, o evento reforça a importância de uma abordagem plural, democrática e enraizada no chão da escola.

 

Para Liciane Mamede, produtora da Ecofalante, o Seminário de Cinema e Educação chega a sua quinta edição com um repertório de discussões amadurecidas ao longo dos últimos anos. “Desde 2018, tem se afirmado como um espaço essencial para refletir sobre maneiras de inserir o cinema na escola. Nesse percurso, o debate também evoluiu em termos de políticas públicas, e seguimos atentos a esse movimento para fortalecer o audiovisual como parte estruturante da educação básica. Chegar a este momento é um marco, pois reafirma a continuidade de um debate que precisa estar no centro das políticas culturais e educacionais”, declara.

 

Segundo o coordenador do seminário, Felipe Barquete, a iniciativa acontece “num momento importante: a regulamentação da Lei 13.006/14 está na pauta, e a sociedade civil se organiza para que isso se converta em uma implementação profunda, consistente e permanente do cinema e do audiovisual nas escolas brasileiras. É a oportunidade de transformar um direito em práticas: de ampliar o repertório cultural, de inventar, ensinar e aprender de modos mais inclusivos, significativos e transformadores para os estudantes, seus territórios e suas comunidades.” 

A expectativa é que o encontro contribua para ampliar a compreensão da sociedade sobre a Lei 13.006/14 e acelerar sua efetiva implementação; apoiar educadores com metodologias e práticas que valorizem o audiovisual como ferramenta crítica e criativa; fortalecer redes entre escolas, universidades, coletivos culturais e órgãos públicos; e valorizar a diversidade cultural e territorial do Brasil na construção de políticas públicas para o cinema na educação.


 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
VALERIA MAGNABOSCO BLANCO
[email protected]


FONTE: atti comunicacao
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