Fundada em 2016, a marca nasceu como um território de resistência cultural e criativa. À frente, Day Molina — descendente dos povos fulni-ô e aymará — construiu uma trajetória marcada por pesquisa, militância e força estética. Criadora do movimento #decolonizeamoda, Day foi a primeira mulher a se posicionar publicamente sobre representatividade indígena na moda brasileira, abrindo espaço para transformações estruturais no mercado global. A coleção apresentada em Paris reafirma o DNA da marca: peças atemporais, com forte diálogo ancestral e códigos visuais que ultrapassam a estética. Mais que moda, cada peça apresentada se transforma em um manifesto. Cada criação traz o equilíbrio entre design contemporâneo e saberes tradicionais, evocando o poder feminino, a preservação ambiental e o fortalecimento econômico das comunidades indígenas latino-americanas. A chegada a Paris também carrega uma narrativa de sororidade. Se o convite estava garantido, a ida foi o grande desafio — superado graças ao apoio de um grupo de mulheres que acolheu Day e possibilitou sua presença na tão sonhada Semana de Moda. Um gesto coletivo que espelha os valores da própria marca. Mais do que roupas, a NALIMO mostra um caminho possível: moda como território de resistência, pertencimento e emancipação. Produzida e gerida 100% por mulheres, a marca reafirma seu compromisso com a sustentabilidade, a igualdade racial e de gênero, promovendo impacto positivo que vai além da passarela. Em Paris, a NALIMO não apenas desfila: ela inscreve a voz indígena no coração da capital mundial da moda. Uma voz que ecoa passado, presente e futuro. Sobre Day Molina Designer, pesquisadora e ativista, iniciou sua carreira aos 17 anos em um ateliê de figurinos em Niterói, inspirada pela herança de sua avó e bisavó costureiras. Hoje, é uma das principais referências em moda indígena contemporânea, unindo ancestralidade, pesquisa acadêmica e militância cultural. Sobre a NALIMO Marca indígena e ativista criada em 2016. 100% administrada por mulheres, com foco na sustentabilidade, na diversidade e na emancipação feminina. Apoia o desenvolvimento econômico de comunidades indígenas na América Latina e inspira novos modelos de produção e consumo, em harmonia com o planeta. |