Mulheres da favela transformam desafios em inovação e empreendedorismo
Força feminina é destaque
startup da quebrada/divulgação
As favelas brasileiras têm sido palco de uma verdadeira revolução silenciosa: o protagonismo feminino no empreendedorismo. Segundo levantamento do Sebrae (2023), 34% dos negócios no país são liderados por mulheres, e muitas delas estão nas periferias, onde a criatividade e a resiliência se transformam em inovação.
Na área de tecnologia, o avanço é ainda mais emblemático. Relatório da Data Favela e Locomotiva (2022) aponta que 7 em cada 10 empreendedores das favelas usam o celular como principal ferramenta de gestão. Nesse cenário, cresce o número de mulheres que utilizam a tecnologia para vender, administrar e ampliar seus negócios — indo desde a criação de lojas virtuais até o uso de inteligência artificial para atendimento.
“Empreender na favela é muito mais que abrir um negócio, é ocupar um espaço de poder. Quando uma mulher da comunidade entra na tecnologia ou em qualquer outro setor, ela não está só conquistando sua independência financeira, mas também abrindo caminhos para outras mulheres. Eu mesma comecei vendendo no bairro e hoje consigo usar a tecnologia para escalar meu trabalho”, afirma Franciele Sena, empreendedora da região metropolitana de Belo Horizonte.
Além da tecnologia, o empreendedorismo feminino nas favelas também se destaca em áreas como moda, beleza, alimentação e cultura. Dados do Instituto Locomotiva mostram que o consumo nas favelas movimenta cerca de R$ 180 bilhões por ano, e as mulheres estão no centro desse dinamismo.
O impacto é social, econômico e cultural. Com acesso limitado a crédito e a redes de apoio, essas mulheres criam alternativas inovadoras: cooperativas de costura, marcas de roupas autorais, negócios de estética, coletivos artísticos e startups nascidas dentro da comunidade.
O movimento reforça que o empreendedorismo feminino na favela não é apenas sobre sobrevivência, mas sobre potência, inovação e futuro.
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