Especialista explica a melhor maneira de se investir em REITs nos EUA

Para Adriano Murta, advogado especialista em direito tributário internacional, os REITs oferecem um caminho simplificado para brasileiros que desejam investir no setor imobiliário dos Estados Unidos sem precisar adquirir imóveis diretamente

CARLOS SOUZA
25/09/2025 16h33 - Atualizado há 2 horas

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O mercado imobiliário americano se consolidou como uma opção atrativa para brasileiros que buscam diversificação de investimentos e renda em dólar. Uma das formas mais acessíveis de acessar esse mercado são os REITs (Real Estate Investment Trusts), fundos listados em bolsa que investem em diferentes segmentos, desde propriedades residenciais até data centers de grandes corporações.

Segundo pesquisa divulgada em 2025 pela Bloomberg Index Services Limited, o mercado americano movimentou cerca de US$ 8,4 bilhões em ETFs (fundos de investimento negociados em bolsa) focados em REITs, consolidando 2024 como um dos melhores anos de captação líquida para essa classe de investimentos. Para Adriano Murta, advogado especialista em direito tributário internacional, os REITs oferecem um caminho simplificado para brasileiros que desejam investir no setor imobiliário dos Estados Unidos sem precisar adquirir imóveis diretamente.

“Os REITs permitem o investimento de valores relativamente baixos, com liquidez diária e diversificação instantânea em dezenas ou centenas de ativos. É uma alternativa prática e com potencial de gerar renda passiva em dólar”, explica.

Os fundos são obrigados por lei a distribuir pelo menos 90% dos lucros aos investidores, o que garante um fluxo recorrente de dividendos. “Para o brasileiro, receber dividendos em moeda forte é um grande atrativo, principalmente em um cenário de volatilidade do real. Além disso, é possível escolher REITs focados em setores específicos, como logística, saúde ou tecnologia, alinhando a carteira às tendências globais”, acrescenta Murta.

Por outro lado, o especialista alerta para pontos de atenção, especialmente em relação à tributação. “Os dividendos pagos por REITs sofrem retenção de 30% na fonte para investidores estrangeiros, e ainda precisam ser declarados no Brasil. Já os ganhos de capital na venda das cotas podem ser isentos nos EUA, mas tributados aqui. Por isso, muitas vezes é recomendável avaliar estruturas como LLCs ou veículos offshore para otimizar a carga fiscal e garantir proteção sucessória”, explica.

“Os fundos imobiliários americanos podem ser uma excelente porta de entrada para brasileiros interessados em investir no exterior, mas exigem planejamento adequado. Vale a pena investir em REITs quando há clareza sobre o perfil de risco, objetivos e impacto tributário. Com a assessoria correta, é possível transformar essa alternativa em uma estratégia sólida de geração de renda e diversificação internacional”, conclui.


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FONTE: Imprensa - Adriano Murta