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Indústria da refrigeração debate desafios para reduzir o uso de HCFCs e conquistar a eficiência energética e hídrica

especialistas de todo país reuniram-se na Serra Gaúcha para imersão técnica, com visita ao Güntner Lab e painéis sobre normas, segurança e sustentabilidade

DINâMICA CONTEúDO INTELIGENTE
23/09/2025 12h06 - Atualizado há 3 horas
Indústria da refrigeração debate desafios para reduzir o uso de HCFCs e conquistar a eficiência energética e
855Filmes - Divulgação

Caxias do Sul (RS) e Bento Gonçalves (RS) serviram recentemente de palco o Refrigeration Experience, evento  que colocou no centro do debate a urgência da eficiência energética e do uso responsável da água em sistemas de refrigeração industrial. Além do debate sobre medidas para a redução e eliminação do uso dos HCFCs (hidroclorofluorcarbonos) na indústria do setor. 

Organizado pela Giareta Soluções em conjunto com a Güntner — patrocinadora exclusiva — e com apoio institucional da ASBRAV (Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação) e da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), o encontro reuniu profissionais convidados de diferentes estados brasileiros para uma imersão técnica que conectou boas práticas, conformidade regulatória e soluções de alto desempenho.

Em Caxias do Sul, os especialistas realizaram visita guiada à fábrica e ao Güntner Lab, um dos laboratórios mais completos do país para simulações climáticas e ensaios de desempenho em unidades de até 2.000 kW. Os participantes conheceram equipamentos, processos e cases da empresa ao lado de especialistas da Güntner.

Já na Vinícola Salton, em Bento Gonçalves, participaram de painéis organizados em três eixos — Conformidade e Gestão Técnica; Inspeções, Sistemas e Segurança Ativa; Emergência e Soluções Estratégicas — com ênfase transversal em eficiência energética e hídrica. Entre os destaques, Fabricio Dedavid, COO da Güntner do Brasil, apresentou “Alta eficiência energética em sistemas de refrigeração e seus impactos na sustentabilidade”, reforçando a avaliação criteriosa de cada componente da instalação, a busca por melhor coeficiente de desempenho do sistema e a gestão racional de energia e água como pilares para reduzir custos operacionais e impacto ambiental.

Outros temas abordados incluíram padronização de procedimentos de operação, manutenção e emergência (com base em APR e PSM), requisitos de inspeção (NR-13), dimensionamento correto de tubulações de descarga de válvulas de segurança, tratamento de águas para controle de corrosão e incrustações em sistemas com NH₃ e caminhos de redução de carga de amônia com foco em segurança. Entre os palestrantes estiveram representantes do CONBRAVA (Congresso Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar); da  ABRAVA, da ASBRAV e da ASHRAE (Sociedade Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração e Ar Condicionado).

Perspectivas e ações para a redução e eliminação do uso de HCFCs na indústria da refrigeração: O encontro também olhou para a necessidade do combate ao aquecimento global e cumprimento da emenda de Kigali, ao Protocolo de Montreal, que determina o congelamento do consumo de HCFCs desde de 2024 e determina que o país tenha redução de 80% no uso até 2045. Para abordar o assunto participaram do Refrigeration Experience dois representantes da UNIDO (United Nations Industrial Development Organization). Sérgia de Souza Oliveira - Doutora em Saúde Pública, gerente de projetos da UNIDO no Brasil e David Fernando Marcucci Pico - Engenheiro mecânico, Doutor pela UFU, especialista nacional da UNIDO no Brasil, com experiência em fluidos de baixo impacto ambiental.

Sérgia salientou que a UNIDO está apoiando projetos de pesquisa junto à indústrias da refrigeração que estejam trabalhando e ampliando o uso de fluidos naturais, que não contribuem para o aquecimento global. Para ela, o principal desafio da indústria é adotar fluidos naturais com segurança e eficiência. “É importantíssimo que o setor invista em capacitação técnica, atualização de procedimentos e disseminação correta da tecnologia e estamos trabalhando para apoiar a indústria neste sentido” - ressaltou. Segundo Sérgia, a amônia segue como alternativa relevante por não degradar a camada de ozônio e não ter potencial de aquecimento global. Porém é fundamental o uso de amônia de baixa carga em projetos muito bem especificados e com treinamento contínuo das equipes para evitar acidentes.


 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
RAFAELA RODRIGUES TREVISAN
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