Criar conteúdo na internet deixou de ser apenas passatempo. Para muitas mulheres, virou alternativa real de geração de renda, autonomia profissional e até transformação de vida. É o caso de Mari Mattos, Gabriela Dutra e Neter, que encontraram na produção de conteúdo online um caminho para driblar crises, conquistar estabilidade financeira e viver do próprio trabalho, com liberdade de tempo, de espaço e de escolha.
As três fazem parte de uma nova geração de criadoras que monetizam seus conteúdos por meio de plataformas de assinatura, como a brasileira FanFever, que conecta diretamente criadores e fãs, oferecendo ferramentas para quem deseja transformar sua audiência em negócio.
Cada uma tem sua própria trajetória, e todas mostram que esse modelo de trabalho não é mais exceção, mas tendência.
“Percebi que nasci bonita e pobre. E que ninguém além de mim poderia realizar meus sonhos”, brinca Neter, que antes de produzir conteúdo acumulava empregos como secretária, garçonete, social media, atendente de telemarketing e até empregada doméstica. A última demissão foi o empurrão que faltava. “Comecei meio que no susto, pensando que podia ser só uma fase. Mas viralizei, comecei a ganhar dinheiro de verdade e nunca mais parei. Hoje tenho orgulho de dizer que ajudo minha mãe financeiramente e que conquistei um padrão de vida que nenhum dos empregos anteriores teria me proporcionado”.
Para Mari Mattos, a virada veio após perceber que a advocacia não oferecia a liberdade nem o retorno financeiro que buscava. “Eu não tinha uma recompensa justa pela demanda de trabalho. Quando conheci meu empresário e entendi como funcionava a monetização de conteúdo, vi uma oportunidade real. No primeiro mês na plataforma, já percebi que aquilo podia [e ia] se tornar minha principal fonte de renda”, conta. Atualmente, Mari comemora não só a independência financeira, mas também o fato de poder trabalhar de qualquer lugar e ter mais tempo para estar com a família.
A história de Gabriela Dutra é diferente, e também reveladora. Apaixonada por fotografia, maquiagem e cultura pop, ela começou a produzir conteúdo por hobby, sem nenhuma pretensão financeira. “Sempre gostei de criar, mas nunca imaginei que isso pudesse me sustentar. Até que, meio sem querer, virou minha profissão. Há seis anos vivo só disso”, conta. E sua rotina é prova de que esse modelo oferece muito mais que liberdade: “Trabalho dois dias por mês, produzo todo o conteúdo e fico tranquila o resto do tempo”.
Todas, no entanto, enfrentaram, e ainda enfrentam, o mesmo obstáculo: o julgamento alheio. “O julgamento nunca vem de quem está bem. Se você quer viver dos seus sonhos, precisa parar de se importar com isso”, aconselha Mari. Gabriela complementa: “Se você faz com amor, as pessoas percebem. E o reconhecimento vem”. E Neter é direta no recado: “Se você tem outro plano de carreira, talvez isso não seja pra você. Mas se tiver certeza do que quer, vá com tudo, e não desista no primeiro mês ruim”.
O que começou como uma alternativa em momentos de crise se tornou, para elas, sinônimo de liberdade, estabilidade e realização pessoal. Reflexo de uma transformação que cresce em todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Segundo o relatório The Creator Revolution, da consultoria global Creative Class Group, criadores de conteúdo movimentam hoje bilhões de reais, abrindo caminho para que cada vez mais pessoas vivam da própria audiência, do próprio conteúdo e, principalmente, das próprias escolhas.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
DANIELA SANTOS ALBUQUERQUE
[email protected]