O Brasil está começando a escrever um novo capítulo nos esportes de inverno. A conquista histórica de Nicole Silveira, que alcançou o 4º lugar no Mundial de Skeleton 2025, a melhor colocação do país em modalidades olímpicas de inverno, marca um momento de virada para o cenário esportivo nacional. Outros nomes seguem reforçando esse avanço, como Zion Bethonico, medalhista nos Jogos Olímpicos da Juventude, e Lucas Braathen, esquiador com ascendência brasileira que agora representa oficialmente o Brasil em competições internacionais.
Mais do que uma evolução no desempenho, o país também começa a construir um novo modelo de suporte aos atletas, descentralizado e conectado à cultura jovem. Um exemplo disso é a trajetória de Stefan Santille, atleta de snowboard e fundador da Ursofrango, uma iniciativa que une moda urbana, superação e propósito social para transformar o cenário dos esportes de neve e radicais no país.
“Eu vivi na pele as dificuldades de ser um atleta de esporte de inverno num país tropical. Tive que buscar treinos no exterior, encarar a distância da família e a falta de apoio. Foi daí que nasceu a Ursofrango, como uma resposta a essa ausência de estrutura, e uma forma de construir uma rede de incentivo real para outros atletas”, conta Stefan, que passou 20 anos entre Suíça e Brasil, construindo sua trajetória esportiva e empreendedora.
Com um modelo inédito no Brasil, a Ursofrango direciona 100% do lucro das vendas de seus produtos para financiar os atletas do time, oferecendo não apenas suporte financeiro, mas também acompanhamento técnico, emocional e de gestão de carreira. A proposta vai além do patrocínio tradicional: é a criação de uma comunidade de incentivo e visibilidade, que conecta a prática esportiva à cultura urbana e ao estilo de vida de superação.
A iniciativa já apoia atletas em diversas modalidades, como BMX, skate, surfe e agora começa a avançar também nos esportes de inverno. “A Nicole, o Zion e outros jovens talentos mostram que o Brasil pode competir em alto nível mesmo sem neve. E o mais importante: eles inspiram uma nova geração”, afirma Stefan. “Nosso objetivo é provar que é possível transformar a realidade desses esportes com coragem, estratégia e comunidade”.
Com a expectativa de que o Brasil leve a maior delegação da sua história aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, em Milão-Cortina, iniciativas nacionais ganham um papel ainda mais relevante. Projetos como a Ursofrango ampliam o acesso, oferecem estrutura e ajudam a consolidar uma cultura esportiva que valoriza a diversidade, a resiliência e o protagonismo jovem.
“O que estamos construindo vai além da performance. É uma cultura de resistência, de representatividade, de jovens que, mesmo longe da neve, acreditam no esporte como caminho e estilo de vida. A Ursofrango é a tradução disso tudo”, conclui Stefan.
Sobre a Ursofrango
A Ursofrango, fundada por Stefan Santille, é uma aceleradora de atletas e vendedora de produtos de streetwear para o público voltado aos esportes radicais e moda urbana. A empresa reverte o lucro da venda das peças aos atletas do time. Inicialmente focada em vestuário, a Ursofrango identificou uma grande lacuna no processo de profissionalização dos esportes radicais no Brasil. De forma pioneira no país, implementou um formato de gestão de carreira, possibilitando que talentos tenham a oportunidade de progredir no esporte.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
JOÃO PEDRO COSTA SANTOS
[email protected]