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“‘Deus quer filhos conscientes’: Fabiano de Moraes Almeida lança livro com relatos de experiências espirituais marcantes”

ALESSANDRA RIBEIRO
21/09/2025 16h41 - Atualizado há 7 horas
“‘Deus quer filhos conscientes’: Fabiano de Moraes Almeida lança livro com relatos de experiências
Fabiano de Moraes Almeida
1. O que o inspirou a escrever Meus Contatos Invisíveis?
O fato de eu escrever o livro foi revelado primeiro, através de uma premonição feita há mais ou menos 20 anos atrás. Durante toda a minha vida, percebi que os momentos mais importantes da minha vida foram antecipadamente revelados. Isso já acontecia antes mesmo de ter a consciência da existência espiritual. Quando eu tinha 20 anos de idade, sofri um acidente automobilístico que foi alertado 2 meses antes de acontecer, feito em dias diferentes, através de 3 pessoas em diferentes lugares, que disseram que eu ia “morrer”. A última, quando fez o mesmo alerta, deu detalhes de como seria o acidente e me ensinou a pedir proteção ao meu anjo de guarda. Fiquei assustado depois do último alerta. Fiz a oração pedindo proteção, mas acabei logo esquecendo do fato. Um mês depois, em viagem, me envolvi num acidente e até hoje convivo com algumas sequelas. 

2. Em que momento da sua vida percebeu que precisava transformar suas experiências espirituais em um livro?
Foi na pandemia que eu comecei a escrever o livro. Tinha mudado de casa, em uma outra cidade, 2 meses antes do início das restrições. A obrigação do isolamento fez eu refletir muito sobre minhas experiências envolvendo a mediunidade e comecei a registrá-las com essa intenção de transformar o material em um livro. Mas acontecimentos envolvendo familiares próximos começaram a tomar o meu tempo e deixei de lado isso. 
Depois que as restrições acabaram, em um centro holístico pude conversar com uma entidade espiritual incorporada, depois do passe de limpeza, as suas primeiras palavras foram “quando você vai terminar o seu livro”. Foi nesse dia que eu tive a certeza que esse era o momento de juntar tudo que eu adquiri de consciência desde aquele acidente a quase 30 anos.
3. Como foi o processo de criação e escrita desta obra? Teve momentos de maior emoção ou dificuldade?
Depois que eu retomei a produção do livro, naquele dia a cabocla Jurema explicou que o que deveria escrever, além das lembranças anteriores, durante o sono eu ia acordar com as lembranças do que eu fiz durante o descanso do corpo. Depois que eu despertava, eu escrevia essas lembranças para não esquecer, mas não acontecia todas as noites, os fatos relevantes que deveriam estar registrados, tinham efeitos durante o dia, quando acordado. Esses momentos eram de desdobramento espiritual e quase sempre eu estava trabalhando ajudando, protegendo ou até mesmo orientando. 
Em todos os fatos, a maior dificuldade era de como expor de forma mais transparente possível o que acontecia, sem a minha interferência pessoal. Mas quanto mais eu escrevia, mais eu me motivava e as sensações mais elevadas se manifestavam a cada capítulo finalizado.

4. O livro traz vivências pessoais ou também histórias de outras pessoas dentro da sua jornada espiritual?
Sim, muitas. Como disse, os fatos pessoais que aconteciam durante o sono se refletiam depois durante o momento que agimos acordado. Também revelo vários fatos ocorridos dentro das casas de reuniões onde se promove o intercâmbio entre os planos. Tenho lembranças desde a minha infância de estar agindo mediunicamente. Nos últimos anos, a vidência é o dom que eu mais pratico, junto com outros videntes nas reuniões mediúnicas. 

5. Qual mensagem central você gostaria que o leitor levasse ao terminar a leitura?
Primeiro: que é real o “intercâmbio entre os planos” - a mediunidade é ferramenta inerente ao espírito encarnado e desencarnado e todos nós temos condições de despertá-la de forma consciente e de maneiras que a gente nem imagina. Todos os livros sérios que tratam do assunto, deixaram bem claro que ninguém é especial por praticar a mediunidade.  
Segundo: o “merecimento”. Nossas ações definem aquilo que recebemos, é a “Lei de Causa e Efeito”. Aqui, entender que uma pessoa passa por um flagelo durante toda a sua vida ou vive uma encarnação sem grandes dificuldades, depende de causas quem quase sempre aconteceram em outras reencarnações. Muito importante ter essa consciência de que reencarnamos. Sem essa dádiva, duvidaria da Justiça Divina em nossas vidas, ou seja, de que “Deus é prefeito”.
Terceiro: a “evolução”. Muito difícil acreditar em evolução quando achamos que o planeta é o centro do Universo. Quando eu conheci as obras de “Osvaldo Polidoro” e as “reuniões divinistas”, tomei a consciência de que mundos e humanidades também evoluem. Todos nós estamos em constante evolução. Quando encarnamos, ou estamos regatando faltas de encarnações passadas, ou grandes espíritos, chamados de “Grandes Iniciados”, por Eduard Schuré em seu livro com o mesmo nome, reencarnam para as devidas restaurações dos Ensinamentos de Deus. 
6. Na sua visão, qual é o papel da literatura espírita no mundo atual?
Vou voltar um pouco no tempo. Como Jesus seria conhecido, sua vida na carne e fora dela, bem como todos os ensinamentos e prodígios realizados por ele, se os apóstolos bíblicos não tivessem feito as escrituras. Até hoje há quem duvida dos fatos. Quando a biblioteca de Alexandria foi destruída no incêndio da cidade, se não fosse os registros marcados nas paredes das grandes construções, as dúvidas sobre a existência da Atlântida e de outros locais que foram escondidos nas águas dos oceanos não seria maior? 
A literatura espírita, além de trazer conhecimento dessa relação entre a encarnação e a vida nos planos invisíveis, é como uma chave inserida na ignição de um automóvel, quando você começa a girar a chave, as primeiras luzes vão se acendendo, é o momento em que você vai despertando um conhecimento que é parte de você e que precisa ser despertado. O momento de dar a partida, é quando você desperta a certeza que é um espírito vivendo em um corpo e que tudo ao seu redor é fruto das suas próprias ações. Agora você tomou conhecimento de que precisa policiar o que pensa e o que faz. Você só acionou o funcionamento do motor, falta ainda um longo caminho com esse motor ligado. 

7. Você acredita que o espiritismo tem ganhado mais espaço e compreensão na sociedade de hoje?
Sim, acredito muito. E o Brasil hoje, comparado com o resto do mundo, está muito a frente, quando falamos no intercâmbio entre os planos de forma livre. Eu não enxergo o espiritismo como uma instituição religiosa, espiritismo, entendo que o momento do trabalho feito por Kardec com os espíritos na França, fez parte de um grande trabalho de restauração daquilo que Jesus nos ensinou, através dos seus Apóstolos, que começou antes até de os portugueses colonizarem o Brasil. Após Kardec, esse trabalho teve continuação no Brasil. Muitos médiuns inspirados ou através das psicografias, produziram bons documentos desde o começo do século, não apenas por quem disseminou a doutrina espírita, como também médiuns que despertaram conhecimentos praticando a mediunidade nos centros de Umbanda. Eu hoje pratico a mediunidade como vidente nas “reuniões divinistas” e sempre quando posso, visito as reuniões da Umbanda. No livro “MEUS CONTATOS INVISÍVEIS”, trago experiências dessa relação com os espíritos ocorridas nesses locais.

8. Como equilibrar a linguagem acessível para os leitores leigos e, ao mesmo tempo, trazer profundidade para os espíritas já praticantes?
Para os leitores que desejam conhecer o assunto, os romances espíritas ou histórias que contam essa relação com o mundo espiritual, são alternativas válidas, foi como iniciei meus estudos. Mais importante do que isso são as reuniões espirituais, há uma disposição enorme de espíritos que desejam ajudar, inspirando conhecimento. 
Quanto à profundidade, isso depende muito do grau evolutivo que cada encarnado se encontra. Não saberia dizer se existe uma linguagem mais acessível para explicar um tema que precisa de um só entendimento. Eu, por exemplo, li o “Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas” algumas vezes e nas reuniões, onde se estuda o livro, algo importante que não entendi antes, vem à luz naquele momento novo. Mas Jesus, naquele tempo, onde poucos tinham a leitura e muitos com pouca instrução, ele ensinava por parábolas.

9. Que lições pessoais você aprendeu durante o processo de escrever Meus Contatos Invisíveis?
Que temos muito ainda para aprender.

10. Pretende seguir carreira como escritor espírita, trazendo novas obras para os leitores?
Sinto que esse é um dos meus caminhos. Sou fascinado por história, acredito muito em um mundo mais consciente com a realidade dos planos espirituais. Não é de hoje que se fala em espíritos mais evoluídos encarnando com novos conhecimentos, tudo isso para que após a Transição Planetária, possamos viver a Nova Jerusalém Celestial.   

11. Que temas futuros você gostaria de explorar em novos livros?
Talvez falaria mais dos dons mediúnicos. Acredito que teremos mais abertura com os mundos invisíveis e os espíritos mais evoluídos poderão nos direcionar melhor em compreender as Leis que permitem uma pessoa portadora deu uma doença grave, desacreditada pelos exames clínicos, simplesmente se recuperar. Ainda temos muito que aprender. Mas isso não depende só de mim.

12. Qual a sua expectativa em relação ao impacto deste livro para aqueles que ainda têm dúvidas sobre a espiritualidade?
Que desperte a curiosidade e procure conhecer mais sobre o assunto. Acredito que haverá muitas desilusões em vários aspectos. No livro “MEUS CONTATOS INVISÍVEIS”, muitas vezes menciono o livro “Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas”, um livro com muitas orientações e advertências desse período de “TRANSIÇÃO PLANETÁRIA” que estamos passando. Há pessoas que não concordam com a afirmação do autor, Osvaldo Polidoro, ser a reencarnação de Kardec e de outros espíritos, como Elias, Moisés, João Batista, num total de 37 encarnações. Isso é normal na nossa história, Elias não foi reconhecido, Jesus não foi reconhecido e não seria diferente agora para alguns. Os espíritos, também conhecidos na bíblia como anjos, usam a mediunidade para alertar, advertir e nos consolar. Ao lerem o livro e se quiserem ir mais afundo, procurem uma casa onde se reúnem para orar pelos outros no meio dos outros, de forma voluntária e que promove o intercâmbio entre os planos.

13. Para você, como será o futuro das pessoas que buscam no espiritismo um caminho de compreensão e esperança?
Eu não vejo o espiritismo como uma instituição e sim, parte de um processo de restauração que começou a ser realizado bem antes do descobrimento das Américas. No livro eu falo um pouco desse histórico e o próprio Kardec deixa claro em Obras Póstumas que o seu trabalho ainda precisaria ser terminado. O Brasil foi escolhido para essa tarefa. Quem procurar as reuniões espíritas, vai encontrar muitas respostas sobre essa relação dos encarnados e desencarnados. O mais importante é a vivência. Desde as minhas primeiras reuniões que participei nas reuniões da Umbanda, busquei viver da forma mais sincera que eu podia. Tem uma música na Umbanda que em uma parte diz assim: “quem deve paga, quem merece recebe”. Eu só consegui entender a profundidade desse simples ensinamento, quando aprendi nas “reuniões divinistas”, que isso falava da lei de “Causa e Efeito”. Se você quer estar acima das desilusões humanas, conheça estes três movimentos. 

14. E para quem acha que a espiritualidade é apenas algo subjetivo ou até mesmo questionável, o que você diria?
Somos oito bilhões de encarnados, uns mais adiantados do que outros. Lembra no começo, quando escrevi sobre a evolução. Dentro dos ensinamentos trazidos pela espiritualidade, o que mais importa é o comportamento. Há pessoas que nunca acessaram os ensinamentos de nenhuma doutrina desse mundo, e algumas desencarnaram bem, enquanto outras, se afundaram em conhecimento, mas acabaram desencarnando em condições terríveis. Eu só poderia dizer que cedo ou tarde, ela vai descobrir que há sim vida além da encarnação.

15. Como tem sido a recepção do público até agora, após o lançamento da obra?
O lançamento foi bem recente e quem já leu o livro,  gostou muito do conteúdo. Ouvi de uma conhecida que algumas partes do que foi escrito, será muito mais aproveitada pelas próximas gerações. Daqueles que leram e participam das reuniões de intercâmbio entre os planos, já perguntaram sobre o próximo livro. Para mim ainda é tudo muito novo.


16. Qual mensagem final você gostaria de deixar para os leitores e para todos aqueles que acreditam ou buscam entender melhor a espiritualidade?

Acredito muito que do micro ao macro da vida, toda mudança precisa de uma agitação, onde o velho vai sendo deixado para trás e assim o novo florescer. Vou terminar com uma frase que eu gosto muito e a carrego comigo em pensamento – “DEUS QUER FILHOS CONSCIENTES”. Cada um de nós precisamos nos conhecer, para isso, precisamos buscar em nosso íntimo aquele que nos Sustenta, ou seja, o Deus que está dentro de nós mesmos. Foi assim dito pelos grandes mestres da humanidade.

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KELLY CRISTINA DO NASCIMENTO ALMEIDA
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