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Refluxo ou algo mais grave? Entenda quando o desconforto gástrico pede investigação

Oncologista alerta para o risco de confundir sintomas comuns com gastrite ou má digestão, retardando o diagnóstico do câncer de estômago

MARíLIA CAMPOS
19/09/2025 10h42 - Atualizado há 2 horas
Refluxo ou algo mais grave? Entenda quando o desconforto gástrico pede investigação
Divulgação
“Queimação” que não passa, azia recorrente e sensação de estômago pesado são sintomas que muita gente encara como parte da rotina e que, quase sempre, trata em casa por meio da automedicação. Esse alívio momentâneo, no entanto, pode mascarar problemas sérios, incluindo o câncer de estômago, uma das doenças mais silenciosas e letais do aparelho digestivo.
 

“É comum que as pessoas se automediquem e convivam com esses sintomas, acreditando que seja apenas gastrite ou refluxo. Isso atrasa o diagnóstico, enquanto a doença pode estar avançando”, explica Carlos Fruet, oncologista da Oncoclinicas. 
 

Nos estágios iniciais, o câncer gástrico pode ser confundido pois provoca queimação, náuseas, perda de apetite e indigestão frequente. Em fases mais avançadas, surgem sinais de maior gravidade, como fezes escuras, vômitos com sangue, perda de peso sem causa aparente, dor persistente na parte superior do abdômen e, em alguns casos, aumento do fígado, nódulos ao redor do umbigo e íngua na região inferior do pescoço.
 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tumor de estômago é o quarto tipo mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres no Brasil, com estimativa de cerca de 21 mil novos casos no triênio 2023–2025. A forma mais comum é o adenocarcinoma gástrico, que se desenvolve na mucosa do estômago e responde por mais de 90% dos diagnósticos. Embora atinja principalmente pessoas acima dos 50 anos, a doença pode ocorrer em qualquer idade.
 

“Trata-se de um câncer agressivo, com alta taxa de mortalidade; por isso, o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. Quando identificado em estágio inicial, o tratamento pode ser curativo em cerca de 70% dos casos”, reforça o oncologista.
 

O principal exame para detecção é a endoscopia digestiva alta, que permite visualizar o interior do estômago e realizar biópsias. A cirurgia continua sendo o tratamento principal na fase precoce da doença, podendo ser combinada a outras abordagens conforme a localização do tumor e as condições de saúde do paciente. Fatores de risco importantes incluem infecção pela bactéria Helicobacter pylori, tabagismo, consumo excessivo de álcool e dieta rica em sal ou alimentos ultraprocessados.

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARÍLIA CAMPOS HONÓRIO
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