Os chamados “gatos” de energia, ligações clandestinas feitas de forma irregular na rede elétrica, segue sendo um dos principais desafios para a distribuição de energia em diversas cidades do Brasil. Além dos riscos de incêndios, choques elétricos e acidentes fatais, essa prática ilegal compromete diretamente a iluminação pública, gerando apagões, sobrecargas e aumentando a sensação de insegurança nos bairros.
Relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mostrou que as perdas não técnicas — aquelas causadas principalmente por furtos, fraudes e erros operacionais — somaram um prejuízo estimado de R$ 10,3 bilhões ao setor de distribuição em 2024. No ano anterior, as perdas somaram R$ 9,97 bilhões.
Segundo Jociane Almeida, gerente do consórcio IP Minas, responsável pela iluminação pública do município mineiro de Ribeirão das Neves, o impacto vai muito além da irregularidade individual. “As ligações clandestinas conhecidas popularmente por gatos de luz podem parecer uma solução imediata para algumas famílias, mas na prática comprometem todo o sistema. A iluminação pública depende de uma rede estável. Quando essa rede é sobrecarregada por ligações clandestinas, há risco de queima de equipamentos, interrupções frequentes e custos extras para o município. É a coletividade que paga essa conta.”
Quando ocorrem ligações clandestinas, a rede elétrica sofre sobrecarga, danificando postes, luminárias e transformadores. O resultado são bairros inteiros prejudicados pela falta de iluminação adequada, especialmente nas regiões com maior incidência dessas práticas.
Essa instabilidade gera não apenas apagões, mas também sensação de insegurança. “Um bairro mal iluminado fica mais vulnerável à criminalidade e acidentes. Manter as ruas iluminadas é essencial para a qualidade de vida e para a segurança das pessoas”, reforça Jociane Almeida.
Além disso, a IP Minas mantém canais de comunicação com a população como o telefone - 0800 606 1535, que também é Whatsapp, site (ipminas.com.br) e pelo aplicativo Cidade Iluminada, permitindo que moradores relatem problemas e contribuam com o funcionamento adequado da rede.
A empresa destaca que o combate aos gatos de luz não é apenas um desafio técnico, mas também social e coletivo. “Quando alguém faz uma ligação clandestina, não prejudica apenas a concessionária, mas todo o bairro. Denunciar de forma anônima e usar a energia de maneira consciente são atitudes que ajudam a preservar um bem público fundamental: a iluminação das ruas”, ressalta Jociane Almeida.
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SANDRA DOMIT
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