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Docuficção “Doutor Preto” resgata a história de um dos primeiros médicos negros do Paraná

Com narrativa inovadora, o filme apresenta a vida de Justiniano Clímaco sob a ótica de um jovem estudante de Medicina

TIAGO SILVA
19/09/2025 16h21 - Atualizado há 4 horas
Docuficção “Doutor Preto” resgata a história de um dos primeiros médicos negros do Paraná
Eder Dias

No começo deste mês, quem passou pelas ruas de Londrina se deparou com uma cena diferente: câmeras, microfones e a gravação do projeto “Doutor Preto”, uma produção que mistura realidade e ficção para resgatar a memória de um dos primeiros médicos negros do Paraná.

O documentário conta a trajetória de Justiniano Clímaco da Silva, conhecido como Doutor Preto, pioneiro que ajudou a fundar instituições fundamentais como a Santa Casa de Londrina, a Associação Médica e a Sociedade Rural do Paraná. Além de deixar marcas que ainda estruturam a saúde do Estado, ele foi também o primeiro deputado estadual de Londrina, ocupando espaços de poder em um período em que a presença negra era sistematicamente invisibilizada.

Com abordagem inovadora, o filme acompanha um jovem estudante de Medicina que decide investigar a vida do Doutor Preto, numa narrativa que conecta passado e presente. “Para além do resgate histórico, nós queremos levantar uma reflexão: o que acontece quando a memória coletiva esquece quem construiu seus alicerces?”, provoca o diretor e roteirista Tiago Silva, responsável também pelos documentários Bicho de Rua e De Dentro Pra Fora, além do curta-metragem Dona Dudu, premiado como Melhor Roteiro no Festival Miracine.

Produzido com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), o filme foi rodado em espaços simbólicos de Londrina, como a Biblioteca Municipal e o Lago Igapó. A narrativa conta ainda com depoimentos do historiador Josué Godoy, da ativista e educadora Fátima Beraldo, do médico cardiologista José Alberto Correia da Silva – filho adotivo de Justiniano Clímaco – e de representantes da Associação Médica de Londrina.

Com previsão de estreia em outubro, “Doutor Preto” promete trazer à tona uma história invisibilizada e lançar luz sobre a importância da representatividade negra na formação social, política e cultural de Londrina e do Paraná.


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TIAGO DA SILVA
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