MENU

Saúde Mental: a ética ao abordar o tema nas redes sociais

B36 ASSESSORIA
17/09/2025 06h40 - Atualizado há 4 horas
Saúde Mental: a ética ao abordar o tema nas redes sociais
Freepik

Nos últimos anos, o debate sobre saúde mental ganhou espaço nas empresas, nas redes sociais e também no mercado segurador. Seguradoras e corretores podem ir além da cobertura em momentos de crise, atuando ativamente na promoção do bem-estar emocional de seus clientes e colaboradores.

De acordo com José Pedro Vianna, gestor do escritório Agrifoglio Vianna, algumas companhias já começam a investir em programas que vão além das apólices tradicionais. “As seguradoras oferecem subsídios para terapia, aplicativos de mindfulness, linhas de apoio psicológico e até incluem benefícios adicionais em seguros de vida, como segunda opinião médica ou descontos em redes credenciadas de psicólogos e psiquiatras”, explica.

Ética na comunicação digital

Com a popularidade das redes sociais, surge um novo desafio: como abordar a saúde mental de maneira ética e responsável, especialmente para aqueles que não possuem formação especializada? Para José Pedro, o limite é claro. “O conteúdo deve ser meramente informativo e nunca substituir diagnóstico ou tratamento. É crucial evitar promessas de cura, sensacionalismo ou orientações sem embasamento científico.

Ele alerta que os riscos jurídicos podem ser sérios. Entre eles estão o exercício ilegal da profissão, a responsabilidade civil, caso algum seguidor seja prejudicado por uma informação equivocada, e até responsabilidade penal, já que a indução ou instigação ao suicídio é crime previsto no Código Penal.

O papel de influenciadores, empresas e seguradoras

No ambiente digital, onde vozes têm alcance exponencial, o compromisso se multiplica. “Influenciadores devem buscar conhecimento profundo, entrevistar especialistas e sempre reforçar a necessidade de acompanhamento profissional. Já as empresas precisam garantir que suas campanhas sejam bem fundamentadas e o cuidado com a saúde mental dos colaboradores não fique apenas no discurso externo”, avalia Vianna.

As seguradoras, por sua vez, carregam uma missão ampliada. “Pelo tipo de relação de confiança que estabelecem com seus segurados e pela visão privilegiada que possuem através dos dados de saúde, essas companhias buscam atuar intensamente em prevenção e educação, com transparência sobre benefícios e coberturas”, ressalta.

Comunicação responsável: prevenção em primeiro lugar

O cuidado central para seguradoras, corretores e profissionais liberais que desejam falar acerca do bem-estar mental nas redes é usar fontes oficiais — como Ministério da Saúde e associações especializadas. Além disso, é fundamental manter a comunicação positiva, focada na prevenção e incentivo ao autoconhecimento, sempre ressaltando a importância de buscar ajuda profissional quanto antes.

Compartilhar experiências pessoais pode ter um papel importante para quebrar tabus e aproximar pessoas, mas deve vir acompanhado. “A vulnerabilidade tende a conectar, mas o cuidado e a responsabilidade devem ser os principais norteadores nas conversas sobre o assunto”, conclui.


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
JÚLIA SIDON SENNA CARVALHO
[email protected]


Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://agitomax.com.br/.