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Companhia paulistana leva teatro e leitura a crianças e adolescentes com projetos autorais e inclusivos

● Com estreia marcada para outubro, o grupo apresenta espetáculo gratuito em escolas e teatros da periferia de São Paulo. ● Montagem aposta no protagonismo negro e na valorização do Afrofuturismo.

SOPHIA OLEGáRIO
16/09/2025 11h00 - Atualizado há 9 horas
Companhia paulistana leva teatro e leitura a crianças e adolescentes com projetos autorais e inclusivos
Divulgação
São Paulo, setembro de 2025 - A Companhia Sonho Lúcido, formada por quatro jovens artistas, nasce com um propósito claro: disseminar cultura, incentivar a leitura e criar experiências teatrais significativas para crianças e adolescentes. Com obras autorais, acessíveis e sustentáveis, a companhia aposta em projetos que envolvem escolas, comunidades e espaços culturais de todas as regiões da cidade.
A próxima estreia do grupo será o espetáculo “Atlântida: Uma Nova Leitura Extraordinária”, com circulação prevista para a segunda quinzena de outubro, dentro da trilogia “Leituras Extraordinárias”. Baseada no livro O Príncipe Pardo e os Reinos Perdidos – Atlântida, do autor brasileiro Fábio L. Shadow, a peça aborda temas como sustentabilidade, equilíbrio social e senso coletivo, destacando o Afrofuturismo como forma de fortalecer o protagonismo negro na cena teatral. Serão dez apresentações gratuitas nas regiões Sul e Leste da cidade de São Paulo, em teatros da prefeitura. O projeto conta com o apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, além do Fomento CULTSP, em parceria com o diretor convidado Renato Alves, do Fagulhas D’Arte.
O foco da companhia está no público infantojuvenil – faixa etária comumente esquecida pelo mercado teatral. Ao invés de remontagens ou peças comerciais, o grupo desenvolve montagens próprias que buscam transformar o teatro em uma experiência de conhecimento e conexão. “A gente queria criar algo que tivesse um propósito real, que tocasse as pessoas e não fosse apenas entretenimento. O teatro tem o poder de ensinar, de formar pensamento e de transformar quem assiste — a gente acredita nisso profundamente”, diz Bianca Sobral, produtora executiva e idealizadora do projeto.
A companhia surgiu em março de 2024, a partir do espetáculo “A Máquina do Tempo”, desenvolvido inicialmente para ser vendido nas escolas. A montagem, feita de forma independente e em parceria com o diretor convidado Renato Alves, acabou se tornando o embrião da companhia. De lá pra cá, o coletivo evoluiu artisticamente e institucionalmente, criando identidade visual própria e um plano de atuação focado em impacto social e cultural.
A primeira peça foi um marco para o grupo: encenada em um teatro com 460 lugares, ela encantou o público ao transformar livros em cenário. Foram 200 livros usados em cena, com uma cortina de dois metros feita de folhas literárias e adereços todos criados a partir de materiais doados e reciclados. O espetáculo, que teve seis apresentações, mostrava uma personagem que mergulhava na leitura — e o cenário era parte essencial da narrativa.
Inclusão e incentivo à novos artistas
Mais do que criar espetáculos, a Cia Sonho Lúcido se compromete com o fomento cultural e a inclusão de novos artistas no mercado. O grupo abre espaço para jovens talentos que, como eles, encontram dificuldade em ingressar no circuito artístico tradicional. “Queremos ser o apoio que faltou pra gente. Oferecer um lugar de encontro, de construção, onde as pessoas possam mostrar o que têm na cabeça e no coração”, explica Bianca.
Teatro como direito de todos
A companhia também tem como compromisso a acessibilidade, tanto física quanto cognitiva, com atenção especial para públicos neurodivergentes e populações socialmente vulneráveis. Seus projetos são pensados para alcançar todas as zonas da cidade, com apresentações gratuitas, especialmente em escolas públicas e centros culturais periféricos. “O dinheiro é público, o acesso tem que ser garantido. A arte não pode ficar restrita a quem pode pagar ingresso ou se deslocar até o centro”, afirma Bianca.
Num cenário em que o teatro para adolescentes quase não tem espaço, a Sonho Lúcido aposta em tramas contemporâneas, linguagem acessível e uma abordagem que respeita e escuta os jovens. Seus espetáculos abordam temas como pertencimento, meio ambiente, identidade e empatia — sempre com o compromisso de unir criação artística e valores pedagógicos.
Companhias como a Cia Sonho Lúcido cumprem um papel essencial no cenário cultural paulistano: preenchem lacunas deixadas pelo mercado tradicional, apostam em novas linguagens e formas de produção, e reafirmam o teatro como ferramenta de transformação coletiva.
Contato para imprensa
 
Sophia Olegário
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Sophia Olegario Neves Pacheco
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