TV por assinatura alternativa cresce no Brasil: o que é e como funciona
O que é a TV por assinatura alternativa?
VISIBLOOM SEO
16/09/2025 10h38 - Atualizado há 11 horas
Imagem: freepik.com
Nos últimos anos, o modelo tradicional de TV por assinatura — via cabo ou satélite — tem sido duramente impactado pelo avanço de serviços digitais. Segundo a Anatel, em maio de 2025 o país contava com somente 6,9 milhões de acessos, cerca de 3,1 assinaturas por 100 habitantes. Paralelamente, dados do IBGE revelam que, em 2023, somente 25,2% dos domicílios ainda mantinham TV paga — pouco comparado a 27,7% em 2022.
A principal causa desse declínio? O fenômeno conhecido como “corte do cabo”, onde o consumidor opta por abandonar a TV tradicional em favor dos streamings — Netflix, Globoplay, Amazon Prime, entre outros — por oferecerem flexibilidade, custo mais baixo e vasto catálogo.
Mas essa revolução não se resume ao streaming sob demanda: surge também uma nova tendência — a TV por assinatura alternativa, que mistura TV tradicional e serviços digitais para atender a diferentes grupos de consumidores.
O que é a TV por assinatura alternativa?
Este formato engloba três grandes categorias:
- IPTV legalizada
Operada por empresas que possuem licenciamento para recarga duna tv oficial, transmite canais ao vivo e VOD via internet. É oferecida por provedores regionais (como o New Brasil Plus, lançado em junho de 2024, com mais de 27 canais de vídeo, 53 de áudio e mil horas de conteúdo VOD). - FAST (Free Ad‑Supported Streaming Television)
TV por streaming gratuita, suportada por anúncios. Plataformas como Samsung TV Plus e Pluto TV oferecem canais lineares com programação contínua — modelo que vem ganhando força no Brasil. - Pacotes híbridos das operadoras tradicionais, acessíveis via app ou box conectado:
- Exemplo: Claro tv+, plano digital por R$59,90, com múltiplas telas, controle por voz e recursos como Replay TV.
Por que cresce tanta opção?
- Custos mais baixos: IPTV e FAST dispensam antenas ou instalações por satélite, e muitos são gratuitos ou acessíveis comparados aos pacotes tradicionais.
- Flexibilidade: é possível personalizar pacotes (exemplo: escolher somente canais específicos com um provedor IPTV local).
- Multiplataforma e mobilidade: acesso por aplicativo em dispositivos variados — TVs, celulares, computadores.
- Anúncios segmentados: especialmente nas FAST, lucram com publicidade digital, suportando conteúdo gratuito.
- Cobertura ampliada: mesmo em áreas rurais (onde a TV por assinatura tradicional perdeu espaço), essas soluções digitais barateiam o acesso à programação.
Como funciona na prática?
Modelo | Exemplo / Marca | Como funciona | Preço ø |
IPTV regional licenciado | New Brasil Plus | App + VOD + canais ao vivo | R$50–R$100/mês |
Serviço FAST | Pluto TV, Samsung TV Plus | Grátis, streaming com ads | R$0 |
Híbrido OTT de operadora | Claro tv+ | App ou box com canais + VOD | R$59,90–R$89,90 |
O que isso significa para o consumidor?
O brasileiro passa a contar com opções mais econômicas e modernas:
- Quem busca TV ao vivo sem fidelização pode preferir FAST ou IPTV.
- Quem quer videoteca e esportes, há opções como IPTV regionais ou apps completos.
- Quem gosta do tradicional pode migrar para híbridos, mantendo canais lineares via internet, com vantagens digitais.
O que esperar daqui pra frente?
O modelo tradicional continuará encolhendo, mas não desaparecerá por completo — ainda há público e infraestrutura ativos. Já o segmento de TV alternativa deve ganhar fôlego:
- Provedores regionais lançarão pacotes mais personalizados.
- FAST terá crescimento acelerado (já se fala até em “TV 3.0”, combinando conteúdos lineares e sob demanda).
- Operadoras tradicionais entrarão ainda mais pesado nos modelos “app-first” e híbridos digitais.
Conclusão
A TV por assinatura alternativa representa a próxima etapa da evolução audiovisual no Brasil: ela combina o que o consumidor realmente quer hoje — acesso simplificado, mobilidade, preço justo e conteúdo sob demanda — sem depender de infraestruturas caras ou contratos rígidos.
É uma revolução silenciosa, mas concreta, que já está transformando o entretenimento doméstico. Para os próximos anos, a aposta é que modelos digitais como IPTV licenciado e FAST continuem expandindo, obrigando todo o setor a se reiventar — ou ficar para trás.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
WAGNER DOS SANTOS ROSA
[email protected]