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Anistia, Memória e Democracia: Protegendo Direitos Fundamentais e Liberdade de Expressão

Anistia, memória histórica e liberdade de expressão: entenda como equilibrar justiça de transição e direitos fundamentais no Brasil, com análise do professor Leandro Velloso.

PRISCILA GONZALEZ
15/09/2025 18h10 - Atualizado há 5 horas
Anistia, Memória e Democracia: Protegendo Direitos Fundamentais e Liberdade de Expressão
Leandro Velloso

Introdução: Democracia, Memória e Direitos Fundamentais

Em debates recentes sobre direitos humanos e justiça de transição, a relação entre anistia, memória histórica e liberdade de expressão se torna cada vez mais relevante.

O professor Leandro Velloso, docente de Direito e pesquisador em Direitos Fundamentais, explica os desafios de preservar a memória sem comprometer a estabilidade democrática e os direitos fundamentais no Brasil.


A tensão entre memória e esquecimento

O Estado Democrático de Direito não depende apenas de normas, mas também da verdade factual e justiça.

“Sem o respeito à verdade factual, a política dissolve-se em narrativas concorrentes, tornando o espaço público refém de versões”, afirma Velloso, citando Hannah Arendt.

A anistia gera debate: até que ponto relevar violações passadas contribui para a pacificação? E até que ponto preservar a memória é essencial para fortalecer a democracia?


Liberdade de expressão e integridade dos direitos

A liberdade de expressão é pilar da democracia, mas precisa ser exercida com responsabilidade.

“Liberdade de expressão não é licença para destruir o próprio espaço democrático que a garante. Os direitos possuem integridade, e essa integridade impede que sejam instrumentalizados contra si mesmos”, explica Velloso, citando Ronald Dworkin.

A esfera pública, segundo Habermas, precisa de racionalidade comunicativa para evitar manipulação da opinião pública e erosão do consenso democrático.


Anistia e desafios contemporâneos

No Brasil, a anistia de 1979 ainda provoca debates jurídicos e acadêmicos. A Constituição de 1988 consagrou o Estado Democrático de Direito como cláusula pétrea, mas questões persistem:

  • É possível ignorar crimes graves contra direitos humanos sob a anistia ampla, geral e irrestrita?

  • Como equilibrar justiça de transição com estabilidade democrática e proteção de direitos fundamentais?

Segundo Velloso, as respostas devem ser jurídicas e éticas, considerando que a democracia depende da proteção de minorias e do respeito aos direitos fundamentais.


Memória, justiça e democracia

“Sem memória, não há justiça; sem justiça, não há democracia; e sem democracia, a liberdade de expressão se converte em ruído”, sintetiza o professor.

Preservar a memória histórica é essencial para fortalecer o Estado Democrático de Direito e garantir que a liberdade de expressão seja um instrumento de cidadania responsável.


Conclusão

A anistia, a memória histórica e a justiça de transição são pilares para consolidar sociedades democráticas. É possível conciliar pacificação social e direitos fundamentais, desde que haja compromisso com verdade, justiça e integridade dos direitos.

A proteção da memória histórica assegura que a liberdade de expressão seja exercida de forma consciente, preservando a democracia e a responsabilidade social.


Sobre o autor

Leandro Velloso — Docente de Direito (UNESA) | Pesquisador em Direitos e Garantias Fundamentais (FDV/ES) | Pós-Graduado (PUC-SP) | Professor de Direito Administrativo | Autor de 16 livros | Advogado com mais de 25 anos de atuação pública e privada.


Instagram: @leandro_velloso_oficial2025
Contato: https://wa.me/5521982482005
E-mail: [email protected]

 


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PRISCILA GONZALEZ NAVIA PIRES DA SILVA
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